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MAITRI PSICOLOGIA

Nascer do sol sobre o campo de trigo

encontros compassivos

Clube de Leitura e Prática de Autocompaixão

Livro "Aceitação Radical"

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os encontros

Estes encontros nasceram de um grupo de pessoas com a intenção de se apoiarem e aprofundarem o cultivo da autocompaixão na vida cotidiana. Como somos todos aprendizes, praticantes e seres humanos que passam pelas mesmas dificuldades e desafios, este grupo é um bálsamo de afeto e conexão com pessoas dispostas a ouvir compassivamente e a dividir suas dificuldades e descobertas!

 

Toda segunda feira nos reunimos para praticar autocompaixão e ler o livro "Aceitação Radical" de Tara Brach.  A participação no grupo é aberta e gratuita e é possível entrar e sair a qualquer momento. Para receber o link para os encontros, inscreva-se no final desta página.

A gravação dos encontros ficará disponível aqui no site, para quem não conseguir acompanhar ao vivo.

QUANDO

Segundas-feiras

a partir de 08/11/2021 

HORÁRIO

das 18:00 às 19:00  

ONLINE

Plataforma Zoom  

inscrições
o livro
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Como despertar o amor que cura o medo e a vergonha dentro de nós

 

“Este livro nos convida a abraçar nossas dores, medos e ansiedades, e a dar um passo leve, porém firme, no caminho da compreensão e da compaixão.” – Thich Nhat Hanh

 

“Este livro é um guia claro, prático e atencioso que nos mostra como passar da vergonha e do ódio contra nós mesmos para uma revolução na consciência: amando-nos por quem somos e pelas capacidades inatas do coração humano.” – Sharon Salzberg, autora de "A real felicidade "

 

A Aceitação Radical é um caminho poderoso para nos libertarmos da crença de que tem algo errado conosco. Sentir-se insuficiente e não merecedor é um sofrimento profundo, que se expressa em autojulgamentos e relacionamentos conturbados, em vícios e perfeccionismo, em solidão e excesso de atividades – forças que nos mantêm em uma vida frustrante e restrita.

Psicóloga e professora de meditação mundialmente reconhecida, Tara Brach nos ajuda a enxergar com clareza o que está acontecendo dentro de nós e a acolher o que vemos com um coração generoso.

Neste livro, ela enriquece seus ensinamentos com histórias, orientações práticas para o dia a dia, novas interpretações de contos budistas e meditações guiadas. Aceitação Radical não significa resignação ou permissividade. Pelo contrário, ela promove a mudança genuína ao curar o medo e a vergonha, ajudando a construir relacionamentos autênticos.

 

Quando cessamos a guerra contra nós mesmos, somos livres para viver plenamente cada momento precioso da vida.

Fonte: Editora Sextante

A autora

Os ensinamentos de Tara Brach misturam psicologia ocidental e práticas espirituais orientais, atenção atenta à nossa vida interior, e um compromisso pleno e compassivo com o nosso mundo. O resultado é uma voz distinta no budismo ocidental, uma voz que oferece uma abordagem sábia e atenciosa para nos libertarmos e à sociedade do sofrimento.

 

Como licenciada na Universidade de Clark, Tara prosseguiu uma dupla especialização em psicologia e ciência política. Durante este tempo, enquanto trabalhava como organizadora de base para os direitos dos residentes, ela também começou a frequentar aulas de yoga e a explorar abordagens orientais à transformação interior. Depois da faculdade, viveu durante dez anos num ashram - uma comunidade espiritual - onde praticou e ensinou tanto yoga como meditação concentrativa. Quando deixou o ashram e assistiu ao seu primeiro retiro de Meditação Budista Insight, liderado por Joseph Goldstein, percebeu que estava em casa. "Tinha encontrado ensinamentos e práticas de sabedoria que treinam o coração e a mente em presença incondicional e amorosa", explica ela. "Eu sabia que este era um caminho de verdadeira liberdade".

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Nos anos seguintes, Tara obteve o doutoramento em Psicologia Clínica pelo Instituto Fielding, com uma dissertação explorando a meditação como uma modalidade terapêutica no tratamento da toxicodependência. Ela completou um programa de formação de professores budistas de cinco anos no Spirit Rock Meditation Center. Trabalhando como psicoterapeuta e como professora de meditação, passou a misturar naturalmente estas duas poderosas tradições - a meditação introdutora aos seus clientes de terapia e a partilha de conhecimentos psicológicos ocidentais com estudantes de meditação. Esta síntese evoluiu, em anos mais recentes, para o trabalho pioneiro de Tara na formação de psicoterapeutas para integrar estratégias de atenção no seu trabalho clínico.

 

Em 1998, Tara fundou a Insight Meditation Community of Washington, DC (IMCW), que é agora um dos maiores e mais dinâmicos centros de meditação não residencial nos Estados Unidos. Ela faz palestras, dá aulas, oferece workshops, e dirige retiros de meditação silenciosa na IMCW e em conferências e centros de retiro nos Estados Unidos e na Europa. O podcast de Tara recebe mais de 3 milhões de downloads todos os meses. Os seus temas revelam a possibilidade de cura emocional e despertar espiritual através de uma consciência desperta e amorosa, bem como o alívio do sofrimento no mundo maior, através da prática da compaixão em ação. Ela tem fomentado esforços para trazer princípios e práticas de mindfulness para questões de injustiça racial, equidade e inclusão; paz, sustentabilidade ambiental, bem como para as prisões e escolas.

 

Ela e Jack Kornfield lideram o Awareness Training Institute (ATI) que oferece cursos sobre mindfulness e compaixão, bem como o Programa de Certificação de Professores de Meditação Mindfulness (MMTCP).


Além de numerosos artigos, vídeos, e centenas de conversas gravadas, Tara é autora dos livros Radical Acceptance (Bantam, 2003), True Refuge: Finding Peace & Freedom in Your Own Awakened Heart (Bantam, 2013), Radical Compassion (Viking, 2019) e Confiar no Ouro: Descobrindo a sua bondade natural (SoundsTrue, 6/2021). Ela tem um filho, Narayan, e vive em Great Falls, VA, com o seu marido, Jonathan Foust e o seu cão, KD.

Tradução livre.

Fonte: https://www.tarabrach.com/about/

A autora
Facilitadoras
FACILITADORAS
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ALINE BALDEZ
Nutricionista 
 
  • Trained Teacher do Programa Mindful Self-Compassion ( Center for Mindful Self Compassion)
  • Idealizadora do projeto alimente- nutrição além do nutriente 
  • Graduação e Mestrado UFPEL/RS
  • Pós graduação em comportamento alimentar IPGS  
  • Pós graduação em saúde pública com ênfase em Saúde da Família - UNINTER
  • Instrutora de Mindful Eating - CBME
  • Pós graduanda em Gastronomia e cozinha autoral- PUC/RS
  • Experiência de 8 anos em equipe multiprofissional no Sistema único de saúde-SUS
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FERNANDA PASSONI
Psicóloga (CRP 06/88183)
  • Psicóloga Clinica

  • Trained Teacher do Programa Mindful Self-Compassion ( Center for Mindful Self Compassion)

  • Self-Compassion in Psychoterapy Program - SCIP (em andamento)

  • Psicóloga e mestre pela USP/SP

  • Especialista em Promoção da Saúde pela USP

  • Formação em Terapia Focada na Compaixão e Terapia de Aceitação e Compromisso

  • Formação em Psicoterapia Contemplativa pelo Nalanda Institute - NY 

LEIA UM TRECHO...

Prólogo: “Tem alguma coisa errada comigo”

Quando eu estava na faculdade, fui passar um fim de semana fazendo trilha nas montanhas com uma sábia amiga de 22 anos, mais velha que eu. Depois que montamos nossa barraca, nos sentamos à beira de um riacho e ficamos observando a água rodopiar em torno das rochas enquanto conversávamos sobre a vida. A certa altura, ela me contou como estava aprendendo a ser “sua melhor amiga”. Senti uma tristeza enorme me invadir e comecei a chorar. Eu estava longe de ser minha melhor amiga. Vivia perseguida por um juiz interno que era impiedoso, implacável, implicante e compulsivo, sempre alerta, ainda que muitas vezes invisível. Eu sabia que jamais trataria uma amiga do jeito que tratava a mim mesma, sem compaixão ou gentileza. A ideia por trás de tudo isso era de que havia alguma coisa fundamentalmente errada comigo e eu tentava de tudo para controlar e corrigir o que me parecia um eu falho. Exigia de mim mesma um desempenho excelente na faculdade, era uma ativista política fervorosa e tinha uma vida social intensa. O vício em comida e a obsessão por realizações eram meios de evitar a dor (mas só a aumentavam). Minha busca por prazer era saudável às vezes–na natureza, com amigas–, mas também incluía uma impulsiva busca de emoções com drogas recreativas, sexo e outras aventuras. Aos olhos do mundo, eu era altamente funcional. Por dentro, era ansiosa, compulsiva e muitas vezes ficava deprimida. Não me sentia em paz em nenhuma área da minha vida. Esse mal-estar vinha acompanhado por uma profunda solidão. No início da adolescência, às vezes eu imaginava que vivia dentro de uma esfera transparente que me separava das pessoas e da vida à minha volta. Quando eu estava bem comigo e à vontade com os outros, a bolha afinava, tornando-se quase como um filete invisível de gás; quando estava mal, ficava tão grossa que era como se os outros pudessem vê-la. Aprisionada por dentro, eu me sentia vazia e extremamente sozinha. Com o tempo, essa fantasia da bolha passou, mas mesmo assim eu vivia com medo de desapontar alguém ou ser rejeitada. Com minha amiga de faculdade era diferente: eu confiava nela e podia me abrir por completo. Nos dois dias seguintes de trilha pelo alto das montanhas, comecei a perceber, conversando com ela ou sentada em silêncio, que aquela sensação de profunda deficiência pessoal estava por trás de toda a minha depressão, toda a solidão, todas as oscilações de humor e todos os comportamentos compulsivos. Era a primeira vez que eu via claramente o núcleo do sofrimento que revisitaria repetidas vezes ao longo da vida. Intuitivamente eu sabia que, apesar de fazer com que me sentisse exposta e dolorida, enfrentar aquela dor era um caminho de cura. No domingo à noite, ao descermos de carro das montanhas, meu coração estava mais leve, embora ainda dolorido. Eu ansiava por ser mais gentil comigo mesma.

 

Ansiava por acolher minha experiência interna e me sentir mais conectada e mais à vontade com as pessoas ao meu redor. Quando, alguns anos depois, esses anseios me levaram ao caminho budista, encontrei ali os ensinamentos e práticas que me permitiram encarar aquela sensação de indignidade e insegurança. Eles me deram um meio de ver claramente o que estava acontecendo comigo e me mostraram como ter mais compaixão comigo mesma. Os ensinamentos do Buda também me ajudaram a desfazer a dolorosa e equivocada ideia de que eu estava sozinha no meu sofrimento, de que aquilo era um problema pessoal e, de algum modo, culpa minha. Nos últimos 20 anos, como psicóloga e professora budista, tive contato com milhares de clientes e alunos que me revelaram se sentirem oprimidos pela sensação de não serem bons o suficiente. Seja durante uma conversa em um retiro de meditação de 10 dias, seja durante uma sessão de terapia semanal, o sofrimento–o medo de ser falho e não merecedor–é basicamente o mesmo. Para muitas pessoas, tal sensação de deficiência está sempre à espreita. Basta um pequeno incidente–saber das realizações de alguém, ser criticado, se envolver numa discussão, cometer uma falha no trabalho–para sentirem que não estão bem. Nas palavras de uma amiga minha: “A sensação de que há algo errado comigo é o gás tóxico invisível que estou sempre respirando.” Quando nos enxergamos pelas lentes da insuficiência pessoal, ficamos prisioneiros do que chamo de transe da indignidade. Aprisionados nesse transe, não conseguimos perceber a verdade de quem realmente somos. Uma aluna de meditação em um retiro em que eu estava lecionando me contou sobre uma experiência que a levou a perceber a tragédia de viver em transe. Marilyn havia passado muitas horas sentada junto ao leito de morte da mãe–lendo para ela, meditando junto dela tarde da noite, segurando sua mão e dizendo repetidas vezes que a amava. A mãe estava inconsciente a maior parte do tempo, respirando com dificuldade e de forma irregular. Certo dia, antes do amanhecer, ela abriu os olhos de repente e olhou clara e fixamente para a filha. “Sabe”, murmurou a mãe, “passei a vida toda achando que havia algo errado comigo.” Balançando ligeiramente a cabeça, como quem diz Que desperdício, ela fechou os olhos e voltou a entrar em coma. Horas depois, veio a falecer. Não precisamos esperar até estarmos no leito de morte para perceber como desperdiçamos nossa preciosa vida acreditando haver algo errado conosco.

 

O problema é que, devido à força desse nosso hábito de nos sentirmos insuficientes, despertar do transe exige não apenas uma resolução interna, mas também um treinamento ativo do coração e da mente. Com as práticas budistas de consciência, nos libertamos do sofrimento do transe, pois aprendemos a reconhecer o que é verdade no momento presente e a acolher o que vemos com o coração aberto. Esse cultivo da atenção plena e da compaixão é o que chamo de Aceitação Radical. A Aceitação Radical inverte nosso hábito de viver em guerra com experiências desconhecidas, assustadoras ou intensas. É o antídoto necessário a anos de autonegligência, anos de julgamento e tratamento rude, anos rejeitando a experiência do momento presente. A Aceitação Radical é a disposição de experimentar a nós mesmos e a vida como ela é. Um momento de Aceitação Radical é um momento de liberdade genuína. O mestre da meditação indiana do século XX Sri Nisargadatta nos encoraja a tomar esse caminho de liberdade de todo o coração: “… tudo que peço a vocês é: Torne perfeito o amor por você mesmo.” Para Marilyn, as últimas palavras da mãe agonizante a despertaram para essa possibilidade. “Foi o presente de despedida dela”, contou Marilyn. “Percebi que eu não precisava perder minha vida como ela havia perdido. Movida pelo amor, o amor por minha mãe e pela vida, resolvi viver com mais aceitação e gentileza.” Todos nós podemos escolher fazer o mesmo. Quando praticamos a Aceitação Radical, começamos pelos nossos temores e feridas e descobrimos que nosso coração de compaixão se amplia sem limites. Ao nos cuidarmos com compaixão, ficamos livres para amar este mundo vivo. É a bênção da Aceitação Radical: quando nos libertamos do sofrimento do “Tem alguma coisa errada comigo”, confiamos e expressamos a plenitude de quem somos. Que os ensinamentos deste livro nos sirvam enquanto despertamos juntos. Que cada um de nós descubra a pura percepção e o amor que são nossa natureza mais profunda. Que nossa consciência amorosa envolva todos os seres por toda parte.”

— Aceitação radical de Tara Brach

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